Revista Brasileira de Gestao Ambiental e Sustentabilidade (ISSN 2359-1412)
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Vol. 8, No 20, p. 1633-1647 - 31 dez. 2021

 

Adequabilidade do Método do Consumo Máximo Provável para o dimensionamento de sistemas prediais de água fria



Ana Carolina Ferreira e Pedro Henrique Rodrigues de Abreu e Mateus Alexandre da Silva e Michael Silveira Thebaldi e Marina Neves Merlo

Resumo
O Método do Consumo Máximo Provável é comumente empregado para o dimensionamento de instalações prediais de água fria por meio de coeficientes probabilísticos para estimar a vazão provável nos trechos do sistema em função dos aparelhos que são abastecidos por cada nó, era preconizado pela ABNT NBR 5626:1998, mas não mais em sua nova edição de 2020. No entanto, de acordo com a referida norma, métodos probabilísticos ainda podem ser utilizados, desde que o dimensionamento do sistema respeite as diretrizes de funcionamento hidráulico estabelecidas. Assim, objetivou-se analisar o funcionamento hidráulico de um sistema predial de água fria, a fim de verificar a adequabilidade do Método de Dimensionamento do Consumo Máximo Provável aos novos parâmetros de projeto e funcionamento hidráulico determinados na ANBT NBR 5626:2020, especificamente em relação às pressões mínimas e à variação da carga de pressão dinâmica nos chuveiros em condição de operação isolada, e em operação concomitante com diferentes aparelhos. O limite de redução de carga de pressão dinâmica, preconizado pela nova edição da norma foi excedido apenas para duas das cinco combinações em um dos dois banheiros analisados neste estudo, porém ao se considerar a vazão de projeto como apenas a vazão do chuveiro. Desta forma, para a edificação estudada, unifamiliar típica com apenas um pavimento, o Método do Consumo Máximo Provável pôde ser utilizado, com a ressalva que sejam verificadas as cargas de pressão dinâmica nos pontos mais desfavoráveis da edificação.


Palavras-chave
Aparelhos sanitários; Carga de pressão dinâmica; Dimensionamento; Desempenho hidráulico; Sistemas hidráulicos prediais.

Abstract
Suitability of the Maximum Probable Consumption Method for the design of potable water building systems. The Maximum Probable Consumption Method is commonly used for designing building potable water supply installations by probabilistic coefficients to estimate the probable flow in the system sections depending on the devices that are supplied by each node, was recommended by ABNT NBR 5626:1998 but no longer by its new edition, from 2020. However, according to that standard, probabilistic methods can still be used since the system design respects the established hydraulic operation guidelines. Thus, the objective was to analyze the hydraulic performance of a building potable water supply system, to verify the suitability of the Maximum Probable Consumption design method to the new design and hydraulic performance parameters determined in ANBT NBR 5626:2020, specifically concerning the minimum pressures and the variation of the dynamic pressure in the showers in isolated operation condition and due to simultaneous operation with different devices. The dynamic pressure head reduction limit, recommended by the standard new edition was exceeded only for two of the five combinations in one of the two analyzed bathrooms in this study, however when considering the design flow as only the shower flow. Thus, for the studied building, a typical single-family with only one floor, the Maximum Probable Consumption Method could be used, with the proviso that only the dynamic pressure head in the most unfavorable points of the building were verified.


Keywords
Sanitary fixtures; Dynamic pressure head; Hydraulic design; Hydraulic performance; Building water supply systems.

DOI
10.21438/rbgas(2021)082023

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