Geração e distribuição da riqueza das empresas brasileiras do agronegócio à luz da Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

Cristiane Mallmann Huppes e Denize Demarche Minatti Ferreira e Edgar Maria Ferreira da Costa e Hans Michael van Bellen

Resumo
O presente artigo analisa as informações da criação e da geração do Valor Adicionado das empresas do agronegócio que possuem ações negociadas no Brasil, Bolsa, Balcão (B3), no período de 2009 a 2019. Trata-se de um estudo descritivo, documental, que explora por meio da análise vertical a representação de elementos em relação ao seu valor total. Dentre os resultados destaca-se que o consumo de insumos não é equilibrado, mesmo nas empresas de igual segmento. O setor têxtil é o que mais gera Valor Adicionado Líquido e, em outros segmentos, algumas empresas possuem Valor Adicionado Recebido em Transferência igual ou superior ao produzido internamente. No que tange a distribuição do Valor Adicionado, a maior fatia é para o item Pessoal (49%), seguido de Remuneração de Capitais de Terceiros (25%), representado por juros. Impostos, Taxas e contribuições recebem 20% da distribuição do Valor Adicionado. A Remuneração do Capital Próprio é a que recebe menor parcela (6%) e a Tributação em relação à Receita apresenta inequidade, sendo que a BRF compromete 10,87% enquanto a JBS, 2,55%. Por fim observa-se que na esfera municipal também ocorre essa discrepância nas empresas Guararapes (0,98945%), BRF (0,10159%) e JBS (0,01521%).

Palavras-chave
Demonstrações contábeis; Agronegócio; CPC; Sustentabilidade.

Abstract
Generation and distribution of wealth of Brazilian agribusiness companies: An Added Value Statement (AVS) perspective. This paper analyzes the creation and generation of Added Value of public agribusiness companies listed in Brazil, Bolsa, Balcão (B3) from 2009 to 2019. Through vertical analysis, this study explores the representation of elements in relation to their total value. Results show that the consumption of Incomes is not balanced, even in companies of the same segment. The textile sector generates the highest Net Added Value and, in other segments, some companies present an Added Value Received in Transfer equal to or greater than that produced internally. In the distribution of Value Added, most is for the Personnel item (49%), followed by Compensation for Third-party Capital (25%) represented by interest. Taxes, rates, and contributions receive 20% of the Value Added distribution. Equity Remuneration is the one that receives the least part (6%) and Taxation in relation to Revenue shows inequity, for example, BRF commits 10.87% while JBS, 2.55%. Also, the results show this discrepancy at the municipal level: Guararapes (0.98945%), BRF (0.10159%), and JBS (0.01521%).

Keywords
Financial statements; Agribusiness; CPC; Sustainability.

DOI
10.21438/rbgas(2021)082020

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ISSN 2359-1412