Revista Brasileira de Gestao Ambiental e Sustentabilidade (ISSN 2359-1412)
Bookmark this page

Home > Edições Anteriores > v. 7, n. 15 (2020) > Disner

 

Vol. 7, No 15, p. 193-209 - 30 abr. 2020

 

The environmental impacts of 2019 oil spill on the Brazilian coast: Overview



Geonildo Rodrigo Disner and Mariana Torres

Abstract
The oil spill off the Brazilian coast, which reached especially the Northeast in 2019, is known as the biggest disaster of its kind in the country's history. Accidents of this type are not new; however, this episode had enormous proportions with 11 states, 130 municipalities, and more than 1,000 locations affected by oil stains or residues. Considering the extent of this environmental tragedy associated with the Brazilian biodiversity peculiarities is immeasurable the damages to fauna and protected areas, especially those that are more sensitive, such as mangroves and coral reefs. It is known that the oil source is Venezuela, but those responsible for the disaster are not known yet. The neglect in investigating events and decision making to deal with the incident aggravated the effects on habitats and local communities. The first occurrence on the coast happened on August 30, 2019, and the most significant number of affected locations was recorded during November. However, even without a complete solution of the case, in January 2020, the monitoring and evaluation group responsible for monitoring, remediation, and protection actions, officially announce the beginning of the demobilization protocol, establishing the termination points, which represent the end of monitoring in most of the areas. Contradictorily, in some locations considered sensitive, the end of the work will be carried out "even with the significant presence of oil in the area". Studies in the literature indicate that highly weathered oil, which has a high molecular weight and low solubility PAHs, can have toxic effects as representative or higher than its non-weathered counterpart. These findings contradict a classic paradigm that crude oil with low molecular weight and more volatile PAHs are primarily responsible for toxicity. Regardless of the damages caused by the activities of total oil removal compared to natural degradation, there is a disregard for this issue, a deficit of environmental agencies employees and investments in this sector. Given the initiative to demobilize activities related to this serious accident, this review seeks to contextualize similar accidents, synthesize the events, dimensions, and environmental consequences related to the most significant ecological disaster on the Brazilian coast and discuss its likely environmental impacts considering the physical-chemical characteristics of the pollutant. In recent years, Brazil has been the scene of unprecedented disasters. The oil in the Northeast, along with the Mariana and Brumadinho dam rupture and the fires in the Amazon shows the lack of critical assessment of the environmental issue in Brazil, and what appears to be a society plan that, through structural measures, allows cases of environmental degradation to happen with impunity and the conservation of natural resources is genuinely not a priority of government actions.


Keywords
Petroleum; Weathered oil; PAHs; Environmental contamination; Environmental monitoring.

Resumo
Impactos ambientais do derramamento de petróleo de 2019 na costa brasileira: revisão. O derramamento de óleo na costa do Brasil, que atingiu especialmente o Nordeste, no ano de 2019, ficou conhecido como o maior desastre dessa natureza na história do país. Acidentes deste tipo não são inéditos, no entanto, esse episódio apresentou enorme proporção onde 11 estados, 130 municípios e mais de 1000 localidades foram atingidas por manchas ou resíduos de óleo. Considerando a extensão desse desastre ambiental associado às peculiaridades da biodiversidade brasileira, calcula-se um inestimável prejuízo à fauna e às áreas de proteção, especialmente aquelas mais sensíveis, como mangues e recifes de corais. Sabe-se que o óleo possui origem venezuelana, porém não são conhecidos ainda os responsáveis pelo desastre. As negligências na apuração dos eventos e na tomada de ações para o enfrentamento do incidente agravaram ainda mais os efeitos sobre os habitats e comunidades locais. A primeira ocorrência no litoral deu-se em 30 de agosto de 2019 e o mês de novembro foi quando o maior número de localidades afetadas foi registrado. No entanto, mesmo sem uma completa solução do caso, em janeiro de 2020 o grupo de acompanhamento e avaliação, responsável pelo monitoramento e ações de remediação e proteção ambiental, divulgaram oficialmente o início da desmobilização relacionada ao acidente, estabelecendo os pontos de término que representam a parada de monitoramento na maioria das áreas. Contraditoriamente, em alguns pontos considerados sensíveis, o fim dos trabalhos será realizado "mesmo com a presença expressiva de óleo na área". Estudos na literatura apontam que o óleo intemperizado é composto por substâncias de alto peso molecular (como HPAs de baixa solubilidade), os quais podem provocar efeitos tóxicos tão representativos ou maiores que sua contraparte não-intemperizada. Estes achados violam um paradigma clássico de que o óleo cru com baixo peso molecular e HPAs mais voláteis sejam os principais responsáveis pela toxicidade. Independente dos prejuízos causados pelas atividades de remoção total do óleo comparados à degradação natural, percebe-se um descaso com este assunto, um déficit de funcionários das agências ambientais e investimentos neste setor. Frente à iniciativa de desmobilização das atividades relacionadas a este grave acidente, esta revisão busca contextualizar incidentes similares, sintetizar os eventos, dimensões e consequências ambientais relacionadas ao maior desastre ambiental da costa brasileira e discutir as suas possíveis consequências ambientais considerando as características físicas e químicas do poluente. Nos últimos anos o Brasil tem sido cenário de desastres ambientais sem precedentes. O óleo no Nordeste, juntamente com o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho e os incêndios na Amazônia, carecem de uma avaliação crítica sobre a questão ambiental no Brasil, e do que parece ser um plano de sociedade que através de medidas estruturais permitem que os casos de degradação ambiental aconteçam impunemente e a conservação dos recursos naturais não seja considerada uma prioridade das ações governamentais.


Palavras-chave
Petróleo; Óleo intemperizado; HPAs; Contaminação ambiental; Monitoramento ambiental.

DOI
10.21438/rbgas(2020)071518

Full text
PDF

References
Abrajano, T. A., Jr.; Yan, B.; Song, J.; Bopp, R. High-molecular-weight petrogenic and pyrogenic hydrocarbons in aquatic environments. In: Holland, H. D.; Turekian, K. K. Treatise on Geochemistry. New York: Elsevier Science, 2003. v. 9. p. 475-509. https://doi.org/10.1016/B0-08-043751-6/09055-1

Anderson, J. W.; Neff, J. M.; Cox, B. A.; Tatem, H. E.; Hightower, G. M. Characteristics of dispersions and water-soluble extracts of crude and refined oils and their toxicity to estuarine crustaceans and fish. Marine Biology, v. 27, p. 75-88, 1974.

Ascom - UFAL. Lapis alerta que mais um satélite detectou grande vazamento de óleo. Universidade Federal de Alagoas. 2019. Available from: <https://ufal.br/ufal/noticias/2019/11/lapis-alerta-que-mais-um-satelite-detectou-grande-vazamento-de-oleo. Accessed on: Dec. 2, 2019.

BBC News. Brazil oil spill: Where has it come from? BBC News. 2019. Available from: <https://www.bbc.com/news/world-latin-america-50223106. Accessed on: Dec. 15, 2019.

Bücker, A.; Carvalho, M. S.; Conceição, M. B.; Alves-Gomes, J. A. Micronucleus test and comet assay in erythrocytes of the Amazonian electric fish Apteronotus bonapartii exposed to benzene. Journal of the Brazilian Society of Ecotoxicology, v. 7, p. 65-73, 2012. https://doi.org/10.5132/jbse.2012.01.010

Carls, M. G.; Meador, J. P. A perspective on the toxicity of petrogenic pahs to developing fish embryos related to environmental chemistry. Human and Ecological Risk Assessment: An International Journal, v. 15, no. 6, p. 1084-1098, 2009. https://doi.org/10.1080/10807030903304708

Committee on Oil in the Sea. Oil in the sea III: Inputs, fates, and effects. Washington, DC: The National Academies Press, 2003.

Costa, C.; Gomes, L. A batalha de Cubatão contra a poluição atmosférica. BBC News, 2017. Available from: <https://www.bbc.com/portuguese/media-39236610. Accessed on: Jan. 13, 2020.

Dantas, C.; Manzano, F. 70 casos de intoxicação são notificados por 3 estados do Nordeste após contato com petróleo. Portal G1 Notícias, 2019. Available from: <https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/11/08/70-casos-de-intoxicacao-sao-notificados-por-3-estados-do-nordeste-apos-contato-com-petroleo.ghtml>. Accessed on: Dec. 15, 2019.

Dantas, C.; Oliveira, E.; Manzano, F., Figueiredo, P. Óleo no Nordeste: veja a evolução das manchas e quando ocorreu o pico do desastre que completa 2 meses. Portal G1, 2019. Available from: <https://g1.globo.com/natureza/desastre-ambiental-petroleo-praias/noticia/2019/11/08/70-casos-de-intoxicacao-sao-notificados-por-3-estados-do-nordeste-apos-contato-com-petroleo.ghtml>. Accessed on: Dec. 15, 2019.

Época Negócios. Salles acionou plano de contingência no Nordeste 41 dias após desastre, diz documento. Época Negócios, 2019. Available from: <https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2019/10/salles-acionou-plano-de-contingencia-no-nordeste-41-dias-apos-desastre-diz-documento.html>. Accessed on: Dec. 15, 2019).

Fioravanti, C. Os caminhos da mancha. Pesquisa FAPESP, 2019. Available from: <https://revistapesquisa.fapesp.br/2019/12/03/os-caminhos-da-mancha/>. Accessed on: Mar. 10, 2020.

Galvan, G. L. Efeitos ecotoxicológicos da fração solúvel do petr&oacte;leo e gasolina: integrando relevantes organismos e biomarcadores. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2015. (Thesis).

Galvan, G. L.; Lirola, J. R.; Felisbino, K.; Vicari, T.; Yamamoto, C. I.; Cestari, M. M. Genetic and hematologic endpoints in Astyanax altiparanae (Characidae) after exposure and recovery to water-soluble fraction of gasoline (WSFG). Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, v. 97, p. 63-70, 2016. https://doi.org/10.1007/s00128-016-1816-5

Gonçalves, D. P. Principais desastres ambientais no Brasil e no mundo. Jornal da Unicamp, 2017. Available from: <https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2017/12/01/principais-desastres-ambientais-no-brasil-e-no-mundo>. Accessed on: Jan. 15, 2020.

Griffin, L. F.; Calder, J. A. Toxic effect of water-soluble fractions of crude, refined, and weathered oils on the growth of a marine bacterium. Applied and Environmental Microbiology, v. 33, no. 5, p. 1092-1096, 1977.

IBAMA. Manchas de óleo - litoral brasileiro. 2019a. Available from: <http://ibama.gov.br/manchasdeoleo>. Accessed on: Dec. 15, 2019.

IBAMA. Portal - Mancha no Litoral. 2019b. Available from: <https://brasil.gov.br/manchanolitoral/>. Accessed on: Dec. 15, 2019.

IBAMA. Cartilha informativa sobre a trajetória do acidente/desmobilização. 2019c. Available from: <http://www.ibama.gov.br/manchasdeoleo-desmobilizacao>. Accessed on: Dec. 15, 2019.

IARC - International Agency for Research on Cancer. IARC monographs on the identification of carcinogenic hazards to humans. 2020. Available from: <https://monographs.iarc.fr/agents-classified-by-the-iarc/>. Accessed on: Mar. 10, 2020.

LAPIS - Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites. 2020. Available from: <http://lapismet.com.br/>. Accessed on: Mar. 10, 2020.

Letras Ambientais. Novas pistas podem esclarecer definitivamente origem do óleo no Nordeste. 2019a. Available from: <https://letrasambientais.org.br/posts/novas-pistas-podem-esclarecer-definitivamente-origem-do-oleo-no-nordeste->. Accessed on: Dec. 15, 2019.

Letras Ambientais. Mais um satélite detecta grande vazamento de óleo próximo ao RN. 2019b. Available from: <https://letrasambientais.org.br/posts/mais-um-satelite-detecta-grande-vazamento-de-oleo-proximo-ao-rn>. Accessed on: Dec. 15, 2019.

Letras Ambientais. Por que os 5 navios gregos não poluiram o litoral do nordeste? 2019c. Available from: <https://letrasambientais.org.br/posts/por-que-os-5-navios-gregos-nao-poluiram-o-litoral-do-nordeste->. Accessed on: Dec, 15, 2019.

Liu, Y.; Kujawinski, E. B. Chemical composition and potential environmental impacts of water-soluble polar crude oil components inferred from esi FT-ICR MS. PLoS ONE, v. 10, no. 9, e0136376, 2015. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0136376

Madeiro, C. Óleo no Nordeste: o que se sabe até agora sobre a contaminação das praias. Notícias UOL, 2019. Available from: <https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2019/10/22/oleo-no-nordeste-o-que-se-sabe-ate-agora-sobre-a-contaminacao-das-praias.htm>. Accessed on: Dec. 15, 2019.

Mager, E. M.; Esbaugh, A. J.; Stieglitz, J. D.; Hoenig, R.; Bodinier, C.; Incardona, J. P.; Scholz, N. L.; Benetti, D. D.; Grosell, M. Acute embryonic or juvenile exposure to deepwater horizon crude oil impairs the swimming performance of mahi-mahi (Coryphaena hippurus). Environmental Science & Technology, v. 48, no. 12, p. 7053-7061, 2014. https://doi.org/10.1021/es501628k

Magnuson, J. T.; Khursigara, A. J., Allmon, E. B., Esbaugh, A. J., Roberts, A. P. Effects of Deepwater Horizon crude oil on ocular development in two estuarine fish species, red drum (Sciaenops ocellatusCyprinodon variegatus). Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 166, p. 186-191, 2018. https://doi.org/10.1016/j.ecoenv.2018.09.087

Marinha do Brasil. Manchas de Óleo. 2019. Available from: <https://www.marinha.mil.br/manchasdeoleo>. Accessed on: Mar. 10, 2020.

Nardocci, A. C. Avaliação probabilística de riscos da exposição aos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) para a população da Cidade de São Paulo. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2010. (Thesis).

Nasri Sissini, M.; Berchez, F.; Hall-Spencer, J.; Ghilardi-Lopes, N.; Carvalho, V. F.; Schubert, N.; Koerich, G.; Diaz-Pulido, G.; Silva, J.; Serrão, E.; Assis, J.; Santos, R.; Floeter, S. R.; Rörig, L.; Barufi, J. B.; Bernardino, A. F.; Francini-Filho, R.; Turra, A.; Hofmann, L. C.; Aguirre, J.; Le Gall, L.; Peña, V.; Nash, M. C.; Rossi, S.; Soares, M.; Pereira-Filho, G.; Tâmega, F.; Horta, P. A. Brazil oil spill response: Protect rhodolith beds. Science, v. 367, p. 156-156, 2020. https://doi.org/10.1126/science.aba2582

Peterson, C. H.; Rice, S. D.; Short, J. W.; Esler, D.; Bodkin, J. L.; Ballachey, B. E.; Irons, D. B.; Long-term ecosystem response to the Exxon Valdez Oil Spill. Science, v. 302, p. 2082-2086, 2003. https://doi.org/10.1126/science.1084282

Pitombo, J. P.; Valadares, J. Voluntários relatam intoxicação após manuseio de óleo nas praias. Folha de S. Paulo, 2019. Available from: . Accessed on: Mar. 10, 2020.

Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico - Vigilância em Saúde: monitoramento das manchas de óleo no litoral do Nordeste. Ministério da Saúde. 2019. Available from: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/outubro/31/Boletim-epidemiologico-SVS-32.pdf>. Accessed on: Dec. 2, 2019.

Sindipetro-LP. Uma tragédia em muitas lições: 35 anos do incêndio da Vila Socó. 2019. Available from: <http://www.sindipetrolp.org.br/noticias/26555/uma-tragedia-e-muitas-licoes-35-anos-do-incendio-da-vila-soco>. Accessed on: Dec. 2, 2019.

Soares, M. O.; Teixeira, C. E. P.; Bezerra, L. E. A.; Paiva, S. V.; Tavares, T. C. L.; Garcia, T. M.; Araújo, J. T.; Campos, C. C.; Ferreira, S. M. C.; Matthews-Cascon, H.; Frota, A.; Mont'Alverne, T. C. F.; Silva, S. T.; Rabelo, E. F.; Barroso, C. X.; Freitas, J. E. P.; Melo Júnior, M.; Campelo, R. P. S.; Santana, C. S.; Carneiro, P. B. M.; Meirelles, A. J.; Santos, B. A.; Oliveira, A. H. B.; Horta, P.; Cavalcante, R. M. Oil spill in South Atlantic (Brazil): Environmental and governmental disaster. Marine Policy, v. 115, 2020. https://doi.org/10.1016/j.marpol.2020.103879

The Guardian. Brazil blames devastating oil spill on Greek-flagged tanker. 2019. Available from: <https://www.theguardian.com/world/2019/nov/01/brazil-blames-oil-spill-greek-flagged-tanker-venezuelan-crude>. Accessed on: Dec. 2, 2019.

UFBA. Análises do Lepetro/Igeo indicam correlação entre óleo encontrado nas praias do Nordeste e petróleo venezuelano. Lepetro-UFBA, 2019. Available from: <https://ufba.br/ufba_em_pauta/analises-do-lepetroigeo-indicam-correlacao-entre-oleo-encontrado-nas-praias-do>. Accessed on: Dec. 2, 2019.

US National Academy of Science. Behavior and fate of oil - oil in the Sea III: Inputs, fates, and effects. The National Academies Press, Washington, DC, 2004.

Xu, E. G.; Mager, E. M.; Grosell, M.; Pasparakis, C.; Schlenker, L. S.; Stieglitz, J. D.; Benetti, D.; Hazard, E. S.; Courtney, S. M.; Diamante, G.; Freitas, J.; Hardiman, G.; Schlenk, D. Time- and oil-dependent transcriptomic and physiological responses to deepwater horizon oil in mahi-mahi (Coryphaena hippurus) embryos and larvae. Environmental Science & Technology, v. 50, no. 14, p. 7842-7851, 2016. https://doi.org/10.1021/acs.est.6b02205

Xu, E. G.; Magnuson, J. T.; Diamante, G.; Mager, E.; Pasparakis, C.; Grosell, M.; Roberts, A. P.; Schlenk, D. Changes in microRNA-mRNA signatures agree with morphological, physiological, and behavioral changes in larval mahi-mahi treated with deepwater horizon oil. Environmental Science & Technology, v. 52, no. 22, p. 13501-13510, 2018. https://doi.org/10.1021/acs.est.8b04169


 

ISSN 2359-1412