Vol. 7, No 15, p. 31-41 - 30 abr. 2020
Emergência e vigor de Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos em função de diferentes tempos de imersão em água
Romário de Sousa Almeida
, 
     Maria Pereira de Araújo 
, 
     Luzia Batista Moura 
, 
     Aline Soares Pimentel 
, 
     Kaique Muniz Alvares de Lima 
, 
     Francisca Maria Barbosa 
, 
     Azenate Campos Gomes 
 e 
     Alecksandra Vieira de Lacerda 
Resumo
O trabalho objetivou verificar a influência dos diferentes tempos de imersão em água na emergência e vigor das plântulas de Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos. As sementes foram submetidas a 11 tratamentos a seguir listados: testemunha (T1), imersão em água durante o período de 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54 e 60 h (T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8, T9, T10 e T11, respectivamente). Cada tratamento foi composto por quatro repetições de 25 sementes. Após 30 dias da semeadura, as plântulas foram avaliadas quanto ao diâmetro ao nível do solo, comprimento radicular, parte aérea, massa fresca e massa seca. Os dados foram submetidos à análise de variância e a comparação entre as médias foi realizada pelo Teste de Tukey. Na testemunha (T1), a emergência das plântulas foi observada a partir do quinto dia após a semeadura. Nos demais tratamentos, ela iniciou-se a partir do oitavo dia, obtendo no final do experimento emergência de 88% e índice de velocidade de emergência de 2,61. A embebição das sementes em água por até 36 h produziram plântulas mais vigorosas no que se refere aos parâmetros altura, diâmetro, massa fresca e seca, evidenciando um padrão de qualidade produtiva da espécie. Portanto, os dados contribuem para otimização da produção de mudas de H. impetiginosus, subsidiando os programas de conservação desta espécie e estratégias de recuperação de áreas degradadas.
     
     Palavras-chave
     Desenvolvimento sustentável; Produção vegetal; Germinação; Caatinga.
     
     Abstract
     Emergence and vigor of Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos as a function of 
     different water immersion times. This study aimed to verify the influence of different water immersion 
     times on the emergence and vigor of seedlings of Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) 
     Mattos. For this, seeds were subjected to 11 treatments, as follow: control (T1) and water immersion during 
     6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54 and 60 h (T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8, T9, T10, and T11, respectively). 
     Each treatment consisted of four replicates of 25 seeds. Thirty days after sowing, seedlings were evaluated 
     as to diameter at ground level, root length, aerial part, fresh mass, and dry mass. The data were subjected 
     to analysis of variance and the means were compared by the Tukey Test. In the control seedlings (T1), 
     emergence occurred five days after sowing and in the other treatments, it started from the eighth day, 
     resulting in the emergence of 88% and emergence speed index of 2.61. Seed soaking in water for up to 36 h 
     resulted in more vigorous seedlings regarding the height, diameter, fresh mass, and dry mass, evidencing a 
     pattern of productive quality in this species. Therefore, these data contribute to the optimization of 
     seedling production of H. impetiginosus, assisting degraded area recovery programs and the 
     conservation of this species.
     
     Keywords
     Sustainable development; Plant production; Germination; Caatinga.
     
     DOI
     10.21438/rbgas(2020)071503
     
     Texto completo
     PDF
     
     Referências
     Almeida, R. S.; Araújo, M. P.; Moura, L. B.; Lima, J. M.; Silva, G. E.; Costa, J. G.; Barbosa, F. M.; Lacerda, 
     A. V. Análise de comprimento da raiz de Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook e Handroanthus 
     impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos em sistema de produção vegetal no Cariri paraibano. 
     Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 10, p. 21404-21415, 2019. https://doi.org/10.34117/bjdv5n10-295
     
     Alves, F. J. B.; Freire, A. L. O. Crescimento inicial e qualidade de mudas de ipê-roxo (Handroanthus 
     impetiginosus (Mart. ex DC) Mattos) produzidas em diferentes substratos. ACSA, v. 13, n. 3, 
     p. 195-202, 2017.
     
     Binotto, A. F.; Lúcio, A. D.; Lopes, S. J. Correlations between growth variables and the Dickson quality 
     index in forest seedlings. Cerne, v. 16, n. 4, p. 457-464, 2010. https://doi.org/10.1590/S0104-77602010000400005
     
     Borges, V. P.; Carvalho Costa, M. A. P.; Ribas, R. F. Emergência e crescimento inicial de Tabebuia 
     heptaphylla (Vell.) Toledo em ambientes contrastantes de luz. Revista Árvore, v. 38, n. 3, 
     p. 523-531, 2014. https://doi.org/10.1590/S0100-67622014000300015
     
     Coradin, L.; Camillo, J.; Pareyn, F. G. C. (Eds.). Espécies nativas da flora brasileira de valor 
     econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região Nordeste. Brasília: 
     MMA, 2018. (Série Biodiversidade; 51).
     
     Fantinel, V. S.; Oliveira, L. M.; Muniz, M. F. B.; Rocha, E. C. Detecção de fungos e transmissão 
     de Alternaria alternata via sementes de ipê-amarelo, Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC) 
     Mattos. Revista de Ciências Ambientais, v. 7, n. 2, p. 5-14, 2014.
     
     Floriano, E. P. Germinação e dormência de sementes florestais. Santa Rosa: O Autor, 2004. 
     (Caderno didático, 2). Disponível em: <http://files.engflorestal.webnode.com.br/200000012-72bd573b79/Germinação e Dormência de sementes florestais.pdf>. 
     Acesso em: 23 out. 2019.
     
     Fonseca, E.; Cruz, C. A. Efeito de diferentes níveis de saturação por bases no desenvolvimento e 
     qualidade de mudas de ipê-roxo (Tebebuia impetiginosa (Mart.) Standley). Scientia Forestalis, v. 2, 
     n. 66, p. 100-107, 2004.
     
     Gomes, A. C.; Lacerda, A. V.; Bruno, R. L. A.; Alves, E. U.; Dornelas, C. S. M.; Lopes, I. A. P.; Lopes, A. S.; Barbosa, 
     F. M. Hydrothermal treatments for overcoming dormancy in seeds of Mimosa ophthalmocentra Mart. ex Benth. 
     (Fabaceae: Mimosoideae). Brazilian Journal of Biological Sciences, v. 4, n. 7, p. 103-111, 2017. https://doi.org/10.21472/bjbs.040711
     
     Gomes, J. M.; Paiva, H. N. Viveiros florestais (propagação sexuada). Viçosa: Editora UFV, 2004. 
     (Caderno didático, 72).
     
     IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Semiárido Brasileiro. 2017. Disponível 
     em: <https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/mapas-regionais/15974-semiarido-brasileiro.html?=&t=sobre>. 
     Acesso em: 15 abr. 2019.
     
     Lima, J. M.; Moreira, F. S.; Sousa, J. P.; Barbosa, F. M.; Gomes, A. C.; Dornelas, C. S. M.; Barbosa, A. R.; Lacerda, A. V. 
     Caracterização de frutos de espécies de pimentas produzidas na região do Cariri paraibano. 
     Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 5, n. 9, p. 239-247, 2018. https://doi.org/10.21438/rbgas.050915
     
     Lohmann, L. G. Bignoniaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 
     2015. Disponível em: <http://www.reflora.jbrj.gov.br/jabot/FichaPublicaTaxonUC/FichaPublicaTaxonUC.do?id=FB112305>. 
     Acesso em: 19 ago. 2019.
     
     Martins, C. C.; Nakagawa, J.; Bovi, M. L. A.; Stanguerlim, H. Influência do peso das sementes de palmito-vermelho (Euterpe 
     espiritosantensis Fernandes) na porcentagem e na velocidade de germinação. Revista Brasileira de Sementes, 
     v. 22, n. 1, p. 47-53, 2000. https://doi.org/10.17801/0101-3122/rbs.v22n1p47-53
     
     Martins, L.; Lago, A. A. D.; Cicero, S. M. Conservação de sementes de ipê-roxo. Revista Brasileira de Engenharia 
     Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 1, p. 108-112, 2012. https://doi.org/10.1590/S1415-43662012000100014
     
     Martins, L.; Lago, A. A.; Cicero, S. M. Physiological quality of Tabebuia avellanedae and T. impetiginosa seeds submitted 
     to extreme drying. Revista Brasileira de Sementes, v. 33, n. 4, p. 626-634, 2011. https://doi.org/10.1590/S0101-31222011000400004
     
     Nascimento, S. S.; Alves, J. J. A. Ecoclimatologia do cariri paraibano. Revista Geográfica Acadêmica, v. 2, n. 3, 
     p. 28-41, 2008.
     
     Nassif, S. M. L.; Vieira, I. G.; Fernandes, G. D. Fatores externos (ambientais) que influenciam na germinação de 
     sementes. Piracicaba: Informativo sementes (IPEF), 1998. Disponível em: <https://www.ipef.br/tecsementes/germinacao.asp>. 
     Acesso em: 18 ago. 2019.
     
     Pereira, M. S. Manual técnico: conhecendo e produzindo sementes e mudas da caatinga. Fortaleza: Associação 
     Caatinga, 2011.
     
     Ribeiro, G. N.; Francisco, P. R. M.; Moraes Neto, J. M. Detecção de mudança de vegetação de caatinga 
     através de geotecnologias. Revista Verde, v. 9, n. 5, p. 84-94, 2014.
     
     Sena, L. M. M. Conheça e conserve a Caatinga: O Bioma Caatinga. Fortaleza: Associação Caatinga, 2011. v. 1.
     
     Souza, P. A.; Venturin, N.; Macedo, R. L. G. Adubação mineral do ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa). 
     Ciência Florestal, v. 16, n. 3, p. 261-270, 2006. https://doi.org/10.5902/198050981907
     
     Warashina, T.; Nagatani, Y.; Noro, T. Constituents from the bark of Tabebuia impetiginosa. Chemical and Pharmaceutical 
     Bulletin, v. 54, n. 1, p. 14-20, 2006. https://doi.org/ 10.1016/j.phytochem.2004.06.012
     
     
      
     ISSN 2359-1412