Vol. 6, No 14, p. 975-988 - 31 dez. 2019
Pegada ecológica de alunos do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal do Ceará, Brasil
Maria Laudecy Ferreira de Carvalho , Juliana Cardozo de Farias , Patrícia Verônica Pinheiro Sales Lima , Ivanilza Moreira de Andrade e Ana Bárbara de Araújo Nunes
Resumo
A pegada ecológica vem sendo utilizada como uma ferramenta para medir a biocapacidade da terra em relação às demandas humanas. Destarte, neste trabalho estimou o nível de sustentabilidade dos discentes da Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal do Ceará, através do Indicador Pegada Ecológica. Este indicador é utilizado para medir quantos hectares uma pessoa necessita para produzir o que consome por ano de maneira sustentável. A metodologia utilizada baseou-se na aplicação junto aos referidos alunos, no modelo de questionário do WWF. Os resultados sinalizam que, a maioria dos discentes deveriam reavaliar seus valores e alterar seu comportamento em relação ao padrão de consumo. Ainda, que sem a mudança de valores e posteriormente da postura da sociedade, não há como vivermos de acordo com a biocapacidade ecológica que o planeta pode suportar.
Palavras-chave
Indicadores de sustentabilidade; Biocapacidade; Padrões de consumo; Discentes.
Abstract
Ecological footprint of the students of the Graduate Program in Development and Environment of the Federal
University of Ceará, Brazil. The ecological footprint has been used as a tool to measure the
biocapacity of the earth in relation to human demands. Thus, in this work estimated the level of sustainability
of students of the Graduate in Development and Environment of the Federal University of Ceará (UFC),
through the Ecological Footprint Indicator. This indicator is used to measure how many hectares a person needs
to produce what they consume per year in a sustainable manner. The methodology used was based on the application
to these students, in the questionnaire model of WWF. The results indicate that most students should reassess
their values and change their behavior in relation to the consumption pattern. Still, that without the change
of values and later the posture of society, there is no way to live according to the ecological biocapacity that
the planet can support.
Keywords
Sustainability indicators; Biocapacity; Consumer patterns; Students.
DOI
10.21438/rbgas.061424
Texto completo
PDF
Referências
Andrade, B. B. Turismo e sustentabilidade no Município de Florianópolis: uma
aplicação do Método da Pegada Ecológica. Florianópolis:
Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. (Dissertação de mestrado).
Avelar, A. E. S. Fatores de influência no consumo de alimentos e alimentação
fora do lar. Lavras: Universidade Federal de Lavras, 2010. Dissertação (Mestrado
em Administração).
Barbosa, E. B., Pimenta, H. F. S., Castro, A. P. Indicadores de sustentabilidade e sua dimensão
ambiental: ESI, EPI, LPI, pegada ecológica, BIP 2020. DELOS: Desarrollo Local Sostenible,
v. 6, n. 18, 2013. Disponível em: <http://www.eumed.net/rev/delos/18/pegada-ecologica.html>.
Acesso em: 23 jul. 2019.
Bellen, H. M. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2007.
Borba, M. P.; Costa, L.; Valente, M.; Falcão, A. Pegada ecológica: que marcas queremos
deixar no planeta? Brasília: WWF Brasil, 2007. Disponível em: <http://assets.wwf.org.br/downloads/19mai08_wwf_pegada.pdf>.
Acesso em: 11 jan. 2019.
Campos, S.; Weinschutz, R.; Cherubini, E.; Mathias, A. L. Avaliação comparativa da pegada de
carbono de margarina e manteiga produzidas no Sul do Brasil. Engenharia Sanitaria e Ambiental, v. 24,
n. 1, 2019. https://doi.org/10.1590/s1413-41522019178908
Canepa, C. Educação ambiental: ferramenta para a criação de uma nova consciência
planetária. Revista de Direito Constitucional e Internacional, v. 12, n. 48, p. 158-166, 2004.
Chambers, J. Q.; Santos, J.; Ribeiro, R. J.; Higuchic, N. Tree damage, allometric relationships, and above-ground
net primary production in Central Amazon Forest. Forest Ecology and Management, v. 152, n. 1/3, p. 73-84,
2000. https://doi.org/10.1016/S0378-1127(00)00591-0
Cindin, R. P. J.; Silva, R. S. Pegada ecológica: instrumento de avaliação dos impactos
antrópicos no meio natural. Estudos Geográficos, v. 2, n. 1, p. 43-52, 2004.
Dias, G. F. Pegada ecológica e sustentabilidade humana. São Paulo: Gaia, 2002.
Firmino, A. M.; Santos, H. N. Pina, J. H. A.; Rodrigues, P. O.; Fehr, M. A relação da pegada
ecológica com o desenvolvimento sustentável: cálculo da pegada ecológica de
Toribaté. Caminhos de Geografia, v. 10, n. 32, p. 41-56, 2009.
Gomes, D. V. Educação para o consumo ético e sustentável. Revista Eletrônica
do Mestrado em Educação Ambiental, v. 16, p. 18-31, 2006.
Grooten, M.; Almond, R. E. A. Relatório Planeta Vivo - 2018: uma ambição maior. Gland,
Suíça: WWF, 2018. Disponível em: <https://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/downloads/lpr_2018_summary_portugues_digital.pdf>.
Acesso em: 20 dez. 2018.
Guimarães, R. P. A assimetria dos interesses compartilhados: América Latina e a agenda global do meio
ambiente. In: Leis, H. R. (Org.). Ecologia e política mundial. Petrópolis: Vozes, 1991.
Lamim-Guedes, V. Pegada ecológica como recurso didático em atividades de educação ambiental
on-line. Educação Unisinos, v. 19, n. 2, p. 283-289, 2015. https://doi.org/10.4013/edu.2015.192.12
Leff, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 3. ed. Petrópolis:
Vozes, 2001.
Lisboa, C. K.; Barros, M. V. F. A pegada ecológica como instrumento de avaliação ambiental para
a Cidade de Londrina. Revista Confins, n. 8, p. 1-20, 2010. https://doi.org/10.4000/confins.6395
Paixão, S.; Sá, N.; Viana, J.; Simões, I. Pegada ecológica de uma instituição
do ensino superior portuguesa. Revista de Geografia e Ordenamento do Território, n. 1, p. 165-180, 2012.
https://doi.org/10.17127/got/2012.1.008
Santos, D. S.; Portela, M. J. L.; Ferreira, U.; Franke, L. R.; Rocha, E. S. Medição de pegada ecológica
com alunos de ensino médio do Distrito de Progresso em Tangará da Serra-MT. Anais da 1a
Jornada Científica do Instituto Educacional Sem Fronteiras - IESF, Pontes e Lacerda, 2016. p. 13-96.
Silva, V. P. R.; Aleixo, D. O.; Dantas Neto, J.; Maracajá, K. F. B.; Araújo, L. E. Uma medida de sustentabilidade
ambiental: pegada hídrica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 17, n. 1, p. 100-105,
2013. https://doi.org/10.1590/S1415-43662013000100014
Sirvinskas, L. P. Meio ambiente e cidadania. Revista do Instituto de Pesquisas e Estudos, n. 35, p. 305-307, 2002.
Veiga, J. E. Indicadores de sustentabilidade. Estudos Avançados, v. 24, n. 68, p. 39-52, 2010. https://doi.org/10.1590/S0103-40142010000100006
Vergara, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3. ed. São Paulo: Atlas,
1997.
Vieira, S. Introdução à bioestatística. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Wackernagel, M.; Rees, W. Our ecological footprint: Reducing human impact on the Earth. Philadelphia: New Society
Publishers, 1996.
WWF. Pegada brasileira. 2008. Disponível em: <https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/pegada_brasileira>.
Acesso em: 20 dez. 2018.
WWF. Pegada Ecológica? O que é isso? 2016. Disponível em: <https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/overshootday2>.
Acesso em: 29 dez. 2018.
ISSN 2359-1412