Revista Brasileira de Gestao Ambiental e Sustentabilidade (ISSN 2359-1412)
Bookmark this page

Home > Edições Anteriores > v. 6, n. 13 (2019) > Costa

 

Vol. 6, No 13, p. 577-592 - 31 ago. 2019

 

Migração de crise e sua relação com meio ambiente



Alessandra Leandro da Costa , Márcia Batista da Fonseca , Érika Marques de Almeida Lima e Reinaldo Farias Paiva de Lucena

Resumo
A relação entre o ser humano e o meio ambiente sempre foi fundada na exploração dos recursos naturais. Neste século XXI, ao mesmo tempo em que há maior incremento das práticas que visam ao desenvolvimento sustentável, o instituto do refúgio se agrava, tendo gerado 68,5 milhões de pessoas deslocadas forçadamente, somente no ano de 2017. Neste cenário, a população de países como a Alemanha aumenta, gerando discussões sobre impactos ambientais negativos, vez que as demandas vitais ao ser humano aumentam na mesma proporção, podendo causar alteração nos índices referentes ao desenvolvimento sustentável. O tema deve ser tratado com cuidado pois pode fortalecer os argumentos de intolerância aos refugiados de crise.


Palavras-chave
Meio ambiente; Impacto ambiental; Desenvolvimento sustentável; Refugiados; Alemanha.

Abstract
Crisis migration, refuge and its relationship with the environment. The relationship between human beings and the environment has always been founded on the exploitation of natural resources. In this 21st century, at the same time that there is a greater increase in practices aimed at sustainable development, the refuge institute is getting worse, having generated 68.5 million people forcibly displaced in 2017 alone. The population of countries such as Germany increases, generating discussions about negative environmental impacts, as the vital demands on human beings increase in the same proportion, which may cause changes in the indexes related to sustainable development. The issue should be handled with care as it can strengthen arguments for intolerance to crisis refugees.


Keywords
Environment; Environmental impact; Sustainable development; Refugees; Germany.

DOI
10.21438/rbgas.061325

Texto completo
PDF

Referências
ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados. 1951. Disponível em: <http://www.acnur.org/fileadmin/Documentos/portugues/BDL/Convencao_relativa_ao_Estatuto_dos_Refugiados.pdf>. Acesso em: 29 jul. 2018.

Adelman, H. Emma Haddad, The refugee in international society: Between sovereigns. Cambridge University Press (2008) 256 pages, ISBN-I3: 978-0521868884. 2010. Disponível em: <https://yorkspace.library.yorku.ca/xmlui/bitstream/handle/10315/9733/Adelman-Haddad-Review.pdf>. Acesso em: 30 maio 2019.

Andrade, J. H. F. Breve reconstituição histórica da tradição que culminou na proteção internacional dos refugiados. In: Araujo, N.; Almeida, G. A. (Coord.). O Direito Internacional dos refugiados: uma perspectiva brasileira. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.

Araújo, K. K. S.; Barroso, C. M. R.; Souza, E. J. C. Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustentável: conceitos e divergências. Reflexões e Práticas Geográficas, v. 1, n. 1, p. 45-57, 2014.

Arendt, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Schocken Books, 2007.

Arendt, H. Origem do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

Beck, R. The case against immigration: The moral, economic, social, and enronmental reasons for reducing U.S. immigration back to tradicional level. New York: Norton, 1996.

Benjamin, A. H. V. A proteção do meio ambiente nos países menos desenvolvidos: o caso da América Latina. Revista de Direito Ambiental, p. 83-105, 1995.

Bobbio, N. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

Brasil. Meio Ambiente: Protocolo de Quioto visa estabilizar emissão de gases de efeito estufa. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/meio-ambiente/2011/11/o-protocolo-de-quioto/protocolo-de-quioto/view>. Acesso em: 18 out. 2018.

Carneiro, W. P. A Declaração de Cartagena de 1984 e os desafios da proteção internacional dos refugiados, 20 anos depois. In: Silva, C. A. (Org.). Direitos Humanos e refugiados. Dourados: Editora UFGD, 2012.

Carson, R. Primavera silenciosa. São Paulo: Melhoramentos, 1962.

Castles, S. International migration at the beginning of the twenty-first century: Global trends and issues. International Social Science Journal, v. 52, n. 3, p. 269-281, 2000. https://doi.org/10.1111/1468-2451.00258

Clochard, O. Les réfugiés dans le monde entre protection et illégalité. Paris: EchoGéo, 2007.

Club of Rome. History. Disponível em: <https://www.clubofrome.org/about-us/history/>. Acesso em: 22 jun. 2019.

CMMAD - Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1988.

Costa, F A. Primórdios do aquecimento global. La Insígnia, 2007. Disponível em: <https://www.lainsignia.org/2007/julio/ecol_001.htm>. Acesso em: 30 maio 2019.

Creswell, J. W. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa. Porto Alegre: Penso, 2014.

Degrandi, J. O. Do crescimento ao desenvolvimento sustentável: uma visita à economia ambiental. Revista Sociais e Humanas, v. 22, n. 1, p. 85-100, 2009.

Diegues, A. C. Desenvolvimento sustentável ou sociedades sustentáveis: da crítica dos modelos aos novos paradigmas. São Paulo em Perspectiva, v. 6, n. 1/2, p. 22-29, 1992.

Duarte, R. H. História & Natureza. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

Gilpin, A. Dictionary of environment and sustainable development. Wiley: Chichester, 1997.

Greenpeace. As vitórias no Brasil e no mundo. Disponível em: <http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/As-vitorias-no-Brasil-e-no-mundo>. Acesso em: 05 maio 2018.

Haberle, P. A dignidade humana como fundamento da comunidade estatal. In: Sarlet, I. W. (Org.). Dimensões da dignidade: ensaios de filosofia do direito e direito constitucional. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.

Hobsbawm, E. A Era dos Extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Jubilut, L. L. O direito internacional dos refugiados e sua aplicação no ordenamento jurídico brasileiro. São Paulo: Método, 2007.

Jubilut, L. L.; Apolinário, S. M. A necessidade de proteção internacional no âmbito da migração. Revista Direito GV, v. 6, n. 1, p. 275-294, 2010. https://doi.org/10.1590/S1808-24322010000100013

Lima, C. Clube de Roma debate futuro do planeta há quatro décadas. 2012. Disponível em: <http://pucriodigital.com.pucrio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=148&infoid=12080>. Acesso em: 06 ago. 2018.

Mota, J. A.; Gazoni, J. L.; Reganhan, J. M.; Silveira, M. T.; Góes, G. S. Trajetória da governança ambiental. Boletim Regional, Urbano e Ambiental, n. 1, p. 11-20, 2008. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/4686/1/BRU_n01.pdf#page=13>. Acesso em: 24 jun. 2018.

Mueller, C. C. Avaliação de duas correntes da economia ambiental: a escola neoclássica e a economia da sobrevivência. Revista de Economia Política, v. 18, n. 2, p. 70, 1998.

Nações Unidas. A ONU e o meio ambiente. 2018. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/>. Acesso em: 19 fev. 2019.

Nações Unidas. Centros de Registro e Identificação atendem mais de 20 mil venezuelanos em Roraima. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/centros-de-registro-e-identificacao-atendem-mais-de-20-mil-venezuelanos-em-roraima/
ONU - Organização das Nações Unidas. A situação dos refugiados no mundo. 2000. Disponível em: <
http://www.cidadevirtual.pt/acnur/sowr2000/intro.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2019.

ONU - Organização das Nações Unidas. Assembleia Geral da ONU adota oficialmente Pacto Global para a Migração. 2018. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/assembleia-geral-da-onu-adota-oficialmente-pacto-global-para-a-migracao/>. Acesso em: 22 abr. 2019.

Pacífico, A. M. C. P. O capital social dos refugiados: bagagem cultural e políticas públicas. Alagoas: EdUFAL, 2010.

Pacto Global. Rede Brasil. 2018. Disponível em: <http://pactoglobal.org.br/o-que-e/>. Acesso em: 19 fev. 2019.

Pacto Mundial. Rede Espanhola. 2016. Disponível em: <https://www.pactomundial.org/2016/09/6323/>. Acesso em: 19 fev. 2019.

Pereira, J. V. I. Sustentabilidade: diferentes perspectivas, um objetivo comum. Economia Global e Gestão, v. 14, n. 1, p. 115-126, 2009.

Price, E.; Feldmeyer, B. The environmental impact of immigration: An analysis of the effects of immigrant concentration on air pollution levels. Population Research and Policy Review, v. 31, n. 1, p. 119-140, 2012. https://doi.org/10.1007/s11113-011-9216-3

Quinaglia, M. C. Com lenço e com documento: condições de vida da população refugiada síria em São Paulo. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2018. (Tese de doutorado).

Resstel, C. C. F. P. Desamparo psíquico nos filhos de dekasseguis no retorno ao Brasil. São Paulo: Editora UNESP, 2015. https://doi.org/10.7476/9788579836749

Revelle, R.; Suess, H. E. Carbon dioxide exchange between atmosphere and ocean and the question of an increase of atmospheric CO2 during the past decades. Tellus, v. 9, n. 1, p. 18-27, 1957.

Ribeiro, G. L. Ambientalismo e desenvolvimento sustentado. Nova ideologia/utopia do desenvolvimento. Revista de Antropologia, n. 34, p. 59-101, 1991. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.1991.111253

Romeiro, A. R. Desenvolvimento sustentável: uma perspectiva econômico-ecológica. Estudos Avançados, v. 26, n. 74, p. 65-92, 2012. https://doi.org/10.1590/S0103-40142012000100006

Sachs, I. Caminhos para o desenvolvimento sustentãvel. Rio de Janeiro: Garamond, 2000.

Sampieri, R. H.; Collado, C. F.; Lucio, M. P. B. Metodologia de pesquisa. 5 ed. Porto Alegre: Penso, 2013.

Soares, G. F. S. Os Direitos Humanos e a proteção dos estrangeiros. Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, v. 99, p. 403-460, 2004.

Thibes, C. W. Legado de Woodstock: um paralelo entre a filosofia naturista e os ideais dos anos 1960. Niterói: ANINTER-SH, 2012.

Thomas, J. M. Economia ambiental: fundamentos, políticas e aplicações. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

Tuan, Y. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. S7atilde;o Paulo: EDUEL, 2012.

UNHCR - The UN Refugee Agency. Global Trends. Forced displacement in 2017. Disponível em: <https://www.unhcr.org/5b27be547.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2019.


Veiga, J. E. Indicadores de sustentabilidade. Estudos Avançados, v. 24, n. 68, p. 39-52, 2010. https://doi.org/10.1590/S0103-40142010000100006

Vovelle, M. A revolução francesa explicada à minha neta. São Paulo: UNESP, 2005.


 

ISSN 2359-1412